Dúvidas
frequentes

A origem da palavra Psicologia é grega: psyché (alma) e logos (estudo, razão, discurso), originalmente significando o estado da alma.

Ao longo do tempo o pensamento sobre a mente humana foi sendo reformulado e complementado. Surgida no século XIX, a Psicologia é constituída a partir de conceitos teóricos e métodos possíveis de serem aplicáveis ao estudo e tratamento da vida humana abrangendo aspectos das ciências biológicas, sociais e exatas.

A Psicologia é marcada pela multiplicidade de enfoques, correntes teóricas, paradigmas e metodologias específicas podendo, muitas vezes, apresentar divergências entre si.

Atualmente é conceituada como a ciência da área social tendo como objeto de estudo a subjetividade humana envolvendo processos mentais, sentimentos, pensamentos e o comportamento humano e animal.

Desse modo, a Psicologia é a ciência da saúde mental (fenômenos psíquicos) e do comportamento manifestado por meio da conduta, e que estuda interações dos seres vivos entre si e com o meio ambiente.

Psiquiatra

É o profissional com formação acadêmica em Medicina e especializado em Psiquiatria.

Apto a diagnosticar e tratar de forma medicamentosa indivíduos com dificuldades no aspecto da saúde mental com base nos manuais: CID10 – Código Internacional de Doenças e DSM-V – Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais.

O médico atende os indivíduos com problemas mentais de natureza orgânica ou funcional. Contudo, recomenda-se o suporte ao paciente em conjunto com o psicoterapeuta que o acompanha.

O psiquiatra é quem pode fazer prescrição de tratamento medicamentoso com substâncias químicas influindo no funcionamento cerebral visando conter a sintomatologia do paciente.

Psicólogo

É o profissional graduado em Psicologia habilitado para atuar nas mais variadas áreas relacionadas ao comportamento e saúde mental humana. Pode atuar em empresas, instituições, escola, hospitais, clínica, dentre outros.

O psicólogo o qual trabalha em clínica é também chamado de psicoterapeuta. Atua por meio da escuta ativa e do diálogo com o paciente utilizando técnicas para intervenção diante de problemas emocionais, comportamentais e/ou mentais.

Não prescreve medicamento.

Psicanalista

É o indivíduo com qualquer graduação acadêmica de nível superior que fez Curso de Formação em Psicanálise. A Psicanálise utiliza teorias da personalidade e métodos baseados em Sigmund Freud (1856-1939). O profissional atende demandas similares as do psicoterapeuta e do psiquiatra. Atua predominantemente em clínica e o trabalho abrange análise semelhante a que é realizada pelo psicoterapeuta com diferença nas técnicas e na relevância do inconsciente do paciente fundamentar a ideia de os seres humanos não possuírem controle total dos próprios pensamentos.

Não prescreve medicamento.

É o serviço de atendimento psicológico realizado por um psicólogo com base numa relação colaborativa e empática entre o profissional e o indivíduo/grupo com a finalidade de abordar questões de ordem comportamental e/ou psicológicas tais como dificuldades emocionais, cognitivas, afetivas ou relacionais.

A psicoterapia serve como auxílio ao indivíduo ou grupo para tratar travões emocionais de pequeno e grande impacto, conflitos intrapessoais, interpessoais e familiares, momentos de desequilíbrio, superação de traumas, autocontrole de comportamentos disfuncionais, necessidade de adaptação de um novo ou a transição de ciclo de vida, gestão da própria emoção, autoconhecimento e assertividade nas escolhas, dentre outros.

O objetivo é buscar o equilíbrio por meio do cultivo de uma vida mais harmônica resultando em bem-estar a si mesmo e aos outros. Diferentes abordagens podem nortear a psicoterapia.

Geralmente, o psicólogo define uma linha terapêutica para direcionar o trabalho. As perspectivas psicológicas teóricas possuem métodos e técnicas específicas. Contudo, algumas permitem o intercâmbio e o compartilhamento de técnicas conforme a demanda do paciente e outras não.

Essa abordagem psicológica tem como base entender a dinâmica do indivíduo na interação com os demais, com ênfase nos fenômenos de relação e comunicação nos grupos analisando os vínculos e os componentes que surgem a partir da interação entre os indivíduos. Sendo importante considerar cada grupo em que o indivíduo está inserido nos distintos âmbitos de mobilidade o qual se move, pois isso irá refletir a maneira como este se relaciona com o ambiente ao redor resultando num elemento determinante do desenvolvimento e crescimento pessoal.

Origem

A Psicologia Sistêmica desenvolveu-se na segunda metade do século XX.

Fundamentada na teoria geral de sistemas do biólogo Ludwig von Bertalanffy (1901-1972) a qual destaca o conceito de interação defendendo a ideia de um sistema implicar interdependência entre as partes ou os indivíduos envolvidos na relação.

O pesquisador Gregory Bateson (1904-1980) contribuiu para os alicerces dessa corrente com a teoria do duplo vínculo, a qual consiste no dilema comunicativo decorrente da contradição entre duas ou mais mensagens.

Parte do alicerce dessa corrente se deve também as pesquisas do psicólogo Paul Watzlawick (1921-2007) com a teoria da comunicação humana a qual aborda problemáticas vinculadas à pragmática da comunicação considerando os efeitos da comunicação sobre o comportamento.


Princípios

1. O sistema como o todo.


Um sistema é composto por partes. Para a Psicologia Sistêmica cada grupo no qual o indivíduo interage é considerado um sistema diferente, são eles: familiar, profissional, amigos, vizinhos e outros. Nessa linha é ressaltado as propriedades do todo que resulta da interação dos diferentes elementos do sistema. O relevante é a relação a qual surge da interação entre os indivíduos.


2. Multicausal

Parte de uma perspectiva circular e multicausal. Existem vários fatores causais determinantes onde para cada ação e reação muda-se continuamente a natureza do contexto. A visão circular dos problemas é apontada pela maneira como o comportamento de um indivíduo influencia as ações dos outros, e é influenciado por eles. No contexto familiar, por exemplo, os membros reagem diante de um mesmo fato de diferentes maneiras modificando a situação final, a qual é a combinação de todas as variadas reações possíveis de ocorrer.

3. Fator-chave: comunicação

A comunicação é o aspecto primordial a ser observado e analisado pelo psicoterapeuta. A forma de como o indivíduo comunica-se determina manutenção ou a redução do problema tratado.