Essa abordagem psicológica tem como base entender a dinâmica do indivíduo na interação com os demais, com ênfase nos fenômenos de relação e comunicação nos grupos analisando os vínculos e os componentes que surgem a partir da interação entre os indivíduos. Sendo importante considerar cada grupo em que o indivíduo está inserido nos distintos âmbitos de mobilidade o qual se move, pois isso irá refletir a maneira como este se relaciona com o ambiente ao redor resultando num elemento determinante do desenvolvimento e crescimento pessoal.
Origem
A Psicologia Sistêmica desenvolveu-se na segunda metade do século XX.
Fundamentada na teoria geral de sistemas do biólogo Ludwig von Bertalanffy (1901-1972) a qual destaca o conceito de interação defendendo a ideia de um sistema implicar interdependência entre as partes ou os indivíduos envolvidos na relação.
O pesquisador Gregory Bateson (1904-1980) contribuiu para os alicerces dessa corrente com a teoria do duplo vínculo, a qual consiste no dilema comunicativo decorrente da contradição entre duas ou mais mensagens.
Parte do alicerce dessa corrente se deve também as pesquisas do psicólogo Paul Watzlawick (1921-2007) com a teoria da comunicação humana a qual aborda problemáticas vinculadas à pragmática da comunicação considerando os efeitos da comunicação sobre o comportamento.
Princípios
1. O sistema como o todo.
Um sistema é composto por partes. Para a Psicologia Sistêmica cada grupo no qual o indivíduo interage é considerado um sistema diferente, são eles: familiar, profissional, amigos, vizinhos e outros. Nessa linha é ressaltado as propriedades do todo que resulta da interação dos diferentes elementos do sistema. O relevante é a relação a qual surge da interação entre os indivíduos.
2. Multicausal
Parte de uma perspectiva circular e multicausal. Existem vários fatores causais determinantes onde para cada ação e reação muda-se continuamente a natureza do contexto. A visão circular dos problemas é apontada pela maneira como o comportamento de um indivíduo influencia as ações dos outros, e é influenciado por eles. No contexto familiar, por exemplo, os membros reagem diante de um mesmo fato de diferentes maneiras modificando a situação final, a qual é a combinação de todas as variadas reações possíveis de ocorrer.
3. Fator-chave: comunicação
A comunicação é o aspecto primordial a ser observado e analisado pelo psicoterapeuta. A forma de como o indivíduo comunica-se determina manutenção ou a redução do problema tratado.